sexta-feira, 1 de março de 2013

Marley e Eu, as lições da história que tocou as multidões



“Uma pessoa pode aprender muito com um cão, mesmo com um cão maluco como nosso”. John Grogan 
Você já imaginou que alguns momentos vividos com o seu animal dariam um filme, não é? Sem grandes pretensões, o jornalista americano John Grogan e o seu labrador, Marley, concretizaram essa vontade. Todas as confusões, demonstrações de afeto, aventuras e companheirismo foram parar nas páginas de um jornal, viraram livro e em dezembro de 2008, estreou nos cinemas do mundo inteiro.
O filme arrecadou 37 milhões de dólares apenas nos três primeiros dias de exibição e encontrou na simplicidade e até na fórmula batida – família mais cachorro brincalhão – um público tão fiel quanto o protagonista de quatro patas.
O livro virou best seller mundial, milhares de pessoas encantaram-se pelo “pequeno” labrador amarelo de quase 40 kg e todas as suas peripécias, mas será que além de nos entreter, podemos aprender algumas lições com esse fenômeno?
Lições
A relação da família Grogan com Marley envolveu temas importantes para a causa animal. Difundida pelo cinema, se torna uma ótima ferramenta capaz de gerar conscientização até numa roda de conversa entre amigos.
A começar pelo Marley filhote...
Quem nunca se encantou por um filhotinho? Esse querer é fácil, mas ter um bicho de estimação exige planejamento. O lado racional deve entrar em ação para evitar que compras ou adoções sejam por um simples impulso. Recém-casados costumam buscar no animal um aquecimento para uma futura gestação. A tentativa é válida se o ato é acompanhado de um compromisso por toda vida.
Primeira dica: milhares de animais tão belos e charmosos como o Marley aguardam uma chance na fila de adoção. Antes de comprar um animal, pense nisso!
Marley chega em casa...
A surpresa fica por conta do comportamento dele. Chora para dormir, destrói móveis, come sapatos, faz xixi no lugar errado e corre atrás de qualquer cachorro na hora de passear!
Segunda dica: peça ajuda a um adestrador, juntos poderão iniciar o processo de educação e tranqüilizar toda família. Essa é uma grande demonstração de carinho, no melhor estilo “quem ama educa”.
“O Jimi chegou a ponto de arrancar pedaços da escada. Além do adestramento, o veterinário nos indicou a castração. Hoje ele continua brincalhão, passeamos duas vezes por dia, e ele não destrói mais a casa”, recorda Mauro Estevam, dono do labrador - hoje com 4 anos.
A castração...
Marley tinha 7 meses quando a castração foi indicada pelo veterinário. Apesar do receio de John, era o melhor a ser feito, pois o animal se atracava em tudo e todos, inclusive durante as reuniões sociais.
Terceira dica: Castrar o animal é um dos principais métodos para controlar a super população e o abandono. Em São Paulo, uma lei determina que todos os animais colocados para venda ou adoção sejam castrados.
Amor e compreensão...
“Ele me ensinou sobre a amizade e o altruísmo e, acima de tudo, sobre lealdade incondicional” trecho do livro Marley e Eu.
Com os nossos Marley’s nós também aprendemos, nos emocionamos, damos risadas, pensamos em desistir, lutamos, ficamos bravos, mas no fim sabemos que a família não seria a mesma sem eles. Talvez seja esse o maior mérito de Grogan, retratar uma realidade tão próxima a nossa.
Marley velhinho...
O ativo labrador também começa a se cansar. A escada se torna um grande obstáculo e as antigas farras começam a ficar para trás.
Quarta dica: para os cachorros o tempo é mais rápido. Observe seu comportamento, falta de ânimo para passear, dificuldade em subir escadas, entrar no carro e etc. Não pense que é falta de vontade, ele está com dor e pode estar algum problema, como a artrose.
O adeus...
Apesar do filme não mostrar, Marley vinha de uma seqüência de problemas mais sérios, como torções gástricas, comum em animais do porte do labrador e a artrose que limitava a sua espontaneidade.  
Com essas dificuldades o companheirismo entre a família e animal aumenta. No livro, o jornalista narra com mais detalhes o difícil momento de dizer adeus ao velho amigo.
Quinta dica: “O animal não tem como falar o que sente. Marley era um cachorro idoso, estava sofrendo bastante e tinha vários tipos de problemas. A escolha que seu dono fez é muito sofrida, mas é um grande ato de amor”, conclui a Veterinária Solidária, Ana Lúcia Geraldi.

O jornalista John Grogan, com sensibilidade transformou a convivência com o “pior cão do mundo”, como ele brincava, em um grande fenômeno. E você, já pensou em contar para alguém as situações únicas envolvendo seu(s) bicho(s) no dia-a-dia? Compartilhe com o Notícias da ARCA a sua história!

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